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Jorge Cruz |
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Depois de ter dado voz a projectos como os Superego e O Pequeno Aquíles, Jorge Cruz dá agora um passo decisivo na sua carreira, iniciando, com “Sede”, um percurso em nome próprio, que promete transformar-se num dos mais interessantes da nova canção portuguesa.
“Sede” é eminentemente acústico, composto por nove belíssimas canções, onde Jorge Cruz se expõe de uma forma absolutamente desarmante, pela honestidade e simplicidade com que nos revela o seu mais intimo universo, e pela inquestionável qualidade da sua escrita. As canções que compõem “Sede” – são daqueles momentos singulares em que a música parece que ganha vida própria, pedaços de uma vida que é também um pouco de todos nós, qualidades que fazem com que estes temas sejam já autênticos clássicos, intemporais, frutos de um talento que concerteza irá marcar os próximos anos da música portuguesa.
Ao longo de três anos, mais de quarenta canções atravessadas pela solidão. No fim, apenas dez. Algumas de tristeza vigorosa, outras de alegria desesperada. Com que palavras encher a música depois da morte de tudo o que poderia ter havido para dizer? Depois do nada? Com as únicas palavras que o corpo e a vida conhecerem nesse dia, com a verdade.
Este é um disco que é assim mas poderia ser de qualquer outra maneira, sempre diferente, exactamente igual. Um disco elegantemente vestido que podia estar nu. Um disco sabiamente despido que poderia levar qualquer roupa desde que a aceitasse. Um disco com canções que mandam em si próprias, sem reverências sequer ao autor. Algumas mais irmãs umas das outras, outras mais mães, outras mulheres, simplesmente...Este é um disco que fala. Jorge Cruz, fala com ele. « |
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