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Mariana Conde em discurso directo
 
Mariana Conde em discurso directo
 
Mariana Conde é uma jovem realizadora portuguesa, que está a concluir os seus estudos superiores na Faculdade Internacional de Cinema do País de Gales. Já realizou várias curtas metragens de ficção e documentais, quer em Portugal quer no Pais de Gales.
Baseada na sua experiência, ela deixou-nos a sua impressão acerca das diferenças das metodologias de trabalho nos dois países.(excertos da entrevista)

UZI: Ola Mariana, como é realizar uma curta no País de Gales?

Mariana: (…) Os meios estão muito mais perto, é muito mais fácil. (…) Há toda uma equipa disponível, não só os técnicos da faculdadede ou os professores, mas os contactos (com outros profissionais) arranjam-se com facilidade.


UZI: … é fácil alugar equipamento, é acessível?

M: Sim, existem instituições como o Chapiter em Cardiff que alugam equipamentos muito baratos, mesmo em relação as preços daqui (em Portugal) até porque foi criado para estudantes ou pessoas interessadas na área e que nunca fizeram um filme. Tem também um espaço para exibição dos filmes feitos pelos seus membros (tornar-se membro é muito fácil e qualquer pessoa pode fazê-lo). Existem mais associações que possuem bases de dados, onde há sempre um contacto de alguém a quem se pode telefonar a perguntar qual a melhor maneira de se conseguir aquilo de que pretendemos. (…)Para adereços tens a Celtic Props, que de um dia para o outro te manda um orçamento (…) para qualquer coisa que possas imaginar!.


UZI: E equipamento de cinema?

M: … mais difícil mas não é impossivel. Nós na faculdade temos acesso, mas consegue-se tambem alugar, mais caro, mas há sempre maneira de se arranjar quem esteja interessado em patrocinar (…) há sempre uma entidade interessada em patrocinar.

UZI: E os media?

M: Os media (…) se vamos a uma instituição dizer que pretendemos fazer o filme x, eles levam-nos muito mais a séria, há muito mais interesse em que as coisas sejam feitas(…) As pessoas olham (para o teu projecto) e procuram a melhor maneira de torná-lo realidade. (…) Aqui eles olham para ti e dizem (com alguma condescendência) ´ah, estão a fazer um filme; lá olham para ti como alguém que tem um projecto que terá algum impacto(…) é necessário que as pessoas levem a sério aquilo que estamos a fazer, porque se não houver ajuda, se não houver uma boa equipa, é impossível fazer um filme.

UZI: Fala-nos do GLANCE o teu último trabalho.

M: Foi um projecto que fiz em colaboração com uma companhia de dança (…) foram eles que puseram anúncios a procura de um jovem realizador (…) onde vários coreografos tinham a oportunidade de desenvolver uma peça entre 12 a 15 minutos, (…) foi muito interessante porque além de estar a trabalhar com profissionais (…) permitiram-me realizar (…) Eles têm um estúdio e foi só pedir o que precisava-mos. As pessoas têm mais tempo livre, (…) tem mais qualidade de vida e portanto mais tempo para se dedicar a outros projectos.

UZI: Projectos para o futuro.

M: (…)Eu gostaria de desenvolver mais documentários, estou interessada na parte mais social do filme, e daquilo que o filme pode dizer, das mensagens que pode conter (..)(JC)
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2024-11-25
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