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Cães Danados |
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Sangue, suor e sangue.
Cinco assaltantes profissionais são contratados para um trabalhinho numa loja de diamantes. Não se conhecem e não lhes é permitido fornecerem dados pessoais uns aos outros. Tudo é planeado pormenorizadamente para que não haja falhas nem fugas de informação. Durante o assalto, algo corre mal, e aí, a espiral de tensão, desconfiança e violência cresce para níveis de cortar a respiração. Esta é a big picture.
Mas o que faz de Tarantino um grande argumentista e realizador são os pormenores deliciosos. Quebrando os cânones, o realizador passa eternidades a aprofundar diálogos inacreditáveis e que não fazem avançar a história um milímetro. Ironicamente, são esses os pormenores que nos marcam e nos fazem apaixonar pelos personagens. A conversa inicial sobre o tema Like a Virgin de Madonna é inacreditável, grande teoria. A discussão sobre os nomes falsos, na qual Mr. Pink se queixa do nome que lhe foi atribuído por ter conotações gay e Mr. Brown (Tarantino) se queixa do seu nome “merdoso” é mais uma demonstração de como o acessório pode por vezes suplantar em interesse o supostamente essencial.
Falta mencionar os litros de sangue derramado ao longo dos 95 minutos de projecção, todos eles fruto de uma violência que por vezes obriga o espectador menos insensível a virar a cara. Na cena final, todos os personagens ainda vivos entram em rota de colisão e o clímax resulta numa cena inesquecível.E mais não posso revelar.(Rui Costa) « |
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