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Jackie Brown |
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Espiral de sentimentos. É assim que se pode definir “Jackie Brown”, de Quentin Tarantino.
Uma amálgama de estórias cruzadas, entrelaçadas na violência crua e no humor seco que Tarantino professa. A morte, não é mais que uma ocorrência nos factos da vida. Com a facilidade que se prime um gatilho, fuma-se um charro, inspira-se vida.
Personagens que cruzam as suas vidas errantes. Samuel L. Jackson e Robert de Niro. Os Monstros de sempre. Não sabem representar mal. Nunca o souberam. E isto, Tarantino sempre soube.
Jackie (Pam Grier) representa um momento que se repete na vida do realizador. A elevação do sexo oposto, na volúpia e na transpirante sensualidade desta musa de ocasião. A sua vincada personalidade imprime ao filme equilíbrio e realça um dos grandes mitos. A afirmação feminina, materializada na destreza felina com que Jackie conduz os cenários, que se repetem numa amálgama de intemporalidade, para no fim tudo fazer sentido e a vida continuar, melhor do que os nossos próprios passos puderam prever.
"Rum Punch" de Elmore Leonard, é a base criativa deste filme. Tarantino sempre teve a obsessão de moldar este livro à sua sensibilidade. Descobre que este seria o papel perfeito para Pam Grier ("I'm gonna work with you, I'm gonna come up with something.") e recusa Rosanna Arquette. Reintitula a história, muda o enredo da Flórida para Califórnia. O filme ganha a profundidade necessária. Elmore Leonard surpreende-se e a todos surpreende: "You're the filmmaker--use what you want and make your movie."
Tarantino fez. Fez melhor. Vejam. E extrapolem naquele final tão straight, as consequências que a vulnerabilidade nos transmite.(JK) « |
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Título |
Jackie Brown |
Realizador |
Quentin Tarantino |
Actores |
Pam Grier, Samuel L. Jackson, Robert Forster, Bridget Fonda, Michael Keaton, Robert De Niro, Michael Bowen, Chris Tucker |
Ano |
1997 |
Guião |
www.godamongdirectors.com/scripts/jackiebrown |
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